Home Care: uma alternativa eficiente no combate a infecção
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Por: Redação
15 de maio de 2023
O serviço de home care tem se mostrado uma opção segura e eficiente para o tratamento de pacientes em casa, com diversificação de casos atendidos e redução significativa nas infecções associadas aos cuidados de saúde.
No próximo dia 15, celebra-se o Dia Nacional de Controle da Infecção Hospitalar, uma data que nos convida a refletir sobre as estratégias e alternativas para reduzir o número de infecções adquiridas nos cuidados de saúde. Entre essas estratégias, o serviço de home care tem ganhado destaque, principalmente por oferecer uma opção segura e eficiente para o tratamento de pacientes em casa.
O censo 2021-2022 do Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (NEAD) feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), aponta que as enfermidades mais comuns para o atendimento domiciliar estão relacionadas ao sistema circulatório e ao sistema nervoso.
Para além da diversificação dos casos atendidos, o home care também tem se mostrado eficiente na redução das infecções associadas aos cuidados de saúde. Ou seja, segundo o estudo “Prevalência de infecções associadas aos cuidados de saúde nos cuidados domiciliários”, feito pelo Instituto Home Doctor de Ensino e Pesquisa em Atenção Domiciliar, a incidência global de infecção em pacientes em assistência domiciliar foi de 2,9 casos/pac-dia, entre julho de 2021 e junho de 2022.
As áreas mais impactadas foram o trato respiratório (1,7 casos/pac-dia), o trato urinário (1,1 casos/pac-dia), a pele (0,06 casos/pac-dia) e o estômago/intestino (0,05 casos/pac-dia). As infecções da corrente sanguínea tiveram pouca relevância (0,009 casos/pac-dia). Ademais, as infecções relacionadas ao uso de dispositivos também foram avaliadas. As mais importantes foram as do trato urinário (2,8 casos por cateter-dia), seguidas pelas dos pulmões (pneumonia associada à ventilação mecânica: 1,9 casos por ventilador-dia) e da corrente sanguínea (0,2 casos por cateter-dia).
Comparando esses dados com os da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de 2021, percebe-se uma notável vantagem do home care na redução das infecções. Assim sendo, a densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica foi de 1,9 na Home Doctor contra 13,0 na ANVISA.
No caso de infecção urinária associada à sonda vesical de demora, a densidade de incidência foi de 2,8 na Home Doctor e 3,33 na ANVISA. Já a infecção primária de corrente sanguínea associada ao cateter venoso central apresentou densidade de incidência de 0,2 na Home Doctor contra 5,16 na ANVISA.
Nesse contexto, o home care surge como uma alternativa promissora, capaz de oferecer tratamento de qualidade e reduzir significativamente as chances de infecções associadas aos cuidados de saúde. Ainda assim, é fundamental que as equipes de atendimento estejam sempre atentas e em constante capacitação para manuseio adequado dos dispositivos e assistência aos pacientes.
O Dia Nacional de Controle da Infecção Hospitalar serve como um lembrete para a importância do cuidado e atenção em todos os níveis do tratamento médico. O home care, como evidenciado, surge como uma alternativa segura e eficaz. É certo que ainda precisa de mais exploração e difusão.
A saber, o estudo da Home Doctor também revelou que quase 80% dos pacientes foram tratados no domicílio, sem a necessidade de antibióticos de amplo espectro. Em outras palavras, isso demonstra que, além de menos frequentes as infeções em domicílio são menos graves.
Diante disso, é preciso enxergar o home care não apenas como um serviço de saúde alternativo, mas como um modelo capaz de transformar a maneira como cuidamos dos nossos pacientes. Ele possibilita um tratamento seguro e eficaz fora do ambiente hospitalar.